Bíblia e Terrorismo

Sérgio Paulo Annes (*)

Atualmente muito se fala em terrorismo. Segundo Houaiss, terrorismo é definido como “o emprego sistemático da violência para fins políticos”.

Os atos terroristas mais comentados são os contra o estado. Mas existem os do estado contra seus habitantes e os de um estado contra outro estado. Muito ficam “justificados” sob a alegação de que “estamos em guerra”.

Os terroristas do ETA: Bascos, que tentam formar um Estado independente (um País Basco) com províncias do nordeste da Espanha e do oeste da França, vêm há muitos anos matando inocentes bascos, espanhóis, franceses ou outros que estejam próximos às bombas que explodem, muitas vezes sem escolha eletiva de vítimas.

Na Irlanda do Norte, católicos e protestantes se matam em nome de Jesus Cristo que foi um rabino judeu que pregava o amor aos inimigos, a mansidão e o perdão.

Na África, os hutus e os tutsis se escravizam mutuamente, se mutilam e se vendem mutuamente como escravos, segundo se diz, -- porque pertencem a “etnias” diversas e rivais.

Os palestinos, expulsos de seus territórios recorrem ao terrorismo contra os judeus que gradativamente vão se apossando, atravez de assentamentos, em terras da Palestina, na Cisjordânia, onde os dois povos já conviveram harmoniosamente por séculos.

Ultimamente os sérvios praticaram o que denominavam ¨limpeza étnica¨, por ocasião da fragmentação da Iugoslávia. Essa ¨limpeza¨ consistia no trucidamento da população não sérvia, em especial, a de religião maometana.

No fim da Segunda Grande Guerra, a Alemanha já havia se rendido incondicionalmente, os Norte Americanos lançaram sobre duas cidades Japonesas bombas atômicas causando centenas de milhares de vítimas. A justificativa foi a de que estavam em guerra e queriam evitar futuras vítimas caso a guerra não fosse terminada logo. Foi a primeira vez em que se fez uso das chamadas armas de destruição em massa que os Norte Americanos, sabidamente, têm em seus arsenais e não querem ¨para o bem da humanidade¨ que outros tenham, a não ser os que eles consideram, no momento, amigos. Dizia-se na época que a escolha das cidades foi motivada por serem elas cidades católicas, elas não eram objetivos militares. Os EUA são uma nação predominantemente protestante.

No terrorismo de Estado os dirigentes, líderes de diferentes povos encabeçam a destruição de seus oponentes políticos ou religiosos sejam eles de seu próprio povo como de minorias que a eles se opõem.

Stalin prendeu, seviciou e matou habitantes da União Soviética de várias ¨etnias¨ em nome do socialismo.

Os nazistas prenderam em campos de concentração, torturaram e mataram alemães que não os aceitaram, que eram antinazistas. O mesmo fizeram com ciganos, com homossexuais, com os judeus por serem judeus, polacos, russos, enfim, todos os que se lhes opunham.

Os judeus, segundo Simon Wiesenthal, também judeu, o “caçador de nazistas” do após guerra, ex-prisioneiro em Daschau e em Mauthausen, eram uma minoria dentro do total dos prisioneiros em campos de concentração da Alemanha Nazista. A distorção feita pelos judeus “se adonando do holocausto” – palavras do próprio Wiesenthal -- na verdade não diminui o horror, que eles, junto aos outros prisioneiros, sofreram nos campos de concentração nazistas.

Na Índia, hinduistas matam maometanos e destroem seus templos. No Paquistão, maometanos fazem o mesmo com os hinduístas.

Raras são as regiões no mundo em que, no momento, não se observam conflitos religiosos.

A prática do terrorismo não é nova nem é privativa de algum povo ou ¨etnia¨. Já na antigüidade encontramos essa prática. Na Bíblia, encontramos inúmeros episódios os quais podemos classificar como terroristas. Eles são abundantes na Tanak, Velho Testamento para os cristãos e também ocorreram no Novo Testamento.

Citaremos alguns exemplos dos mais conhecidos.

O DILÚVIO:
Terrorismo atribuído a Yahweh.

Nesse episódio mítico referido na Torá, Bereshit: 6. 5-8 (para os cristãos: Gênesis: 6. 5 - 8), nota-se uma atitude que bem caracteriza o despotismo do deus Yahweh (Javé), do monoteísmo judeu. Ele castiga os homens por um erro que admite ser seu. Ao fazê-los os fez, também, com grande maldade. E na sua fúria destrutiva se propõe a eliminar os demais seres por ele criados. Esta reação do Eterno é uma reação muito encontradiça nos humanos¨:

“ 5) E viu o Eterno que era grande a maldade do homem na terra e que todo o impulso dos pensamentos de seu coração era exclusivamente mau todo o dia. 6) E arrependeu-se o Eterno de ter feito o homem na terra, e pesou-lhe em seu coração. 7) E disse o Eterno: farei desaparecer o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até o quadrúpede, até o réptil e até a ave dos céus: porque me arrependi de os haver feito. 8) E Noé achou graça aos olhos do Eterno. (Gen. 6. 5-8).

Os dilúvios, isto é, as grandes e desmesuradas enchentes são ocorrências comuns desde a antiguidade. Elas são mais freqüentes nas proximidades de grandes rios. Os episódios descritos na epopéia de Gilgamesh bem como o posteriormente descrito na Bíblia que, -- ao que tudo indica é uma repetição do primeiro, já que os judeus são provenientes da baixa Mesopotâmia (Ur, na Caldéia, hoje Iraque) – ocorrem em região sujeita a “dilúvios” periódicos devido à sua proximidade com os caudalosos rios Eufrates e Tigre que a formam e lhe dão o nome.

A interpretação dada pelos primitivos povos que habitavam o local é que difere.

Os politeístas atribuem o dilúvio a uma divergência entre os deuses e o monoteísmo judaico, a uma decisão de Yahweh (Javé), ¨o deus único e verdadeiro¨. O ponto que permanece comum é a intenção dos deuses ou do deus de castigar os homens pelas desobediências ou pecados cometidos. No dilúvio o erro é de Yahweh e é admitido por ele.

O homem primitivo, em sua ignorância da origem dos cataclismos, que periodicamente os assolava, dava sua interpretação aos mesmos baseada em motivos emocionais. E, diga-se de passagem, narcisistas, colocando-se como centro dos acontecimentos, mesmo tendo que ser o responsável e o objeto do castigo.

Na versão mesopotâmica, politeista, do Dilúvio, relatada na epopéia de Gilgamesh, a iniciativa de castigar o homem por suas infrações frente aos deuses é do deus Enlil, mas há a interferência com objetivo de salva-lo, atribuída à deusa Ea, que avisa o “Noé” da versão mesopotâmica. Ele se chama Ut-napishtim e vive em Shurippak, às margens do Eufrates. O dilúvio que tem a duração de seis dias e seis noites é bem menor que a duração do dilúvio Bíblico -- Enlil acusa Ea de haver avisado e portanto salvo Ut-napishtim, e seus familiares bem como os demais representantes de vários ofícios e marinheiros para guiar o barco -- Ea, ao defender-se das acusações de Enlil critica-o por ordenar o extermínio da criação. Diz que cada pecado deve ser imputado a cada pecador e cada transgressão a cada transgressor, acusando Enlil de tentar provocar a catástrofe universal. Alega ainda Ea que Enlil poderia ter enviado um animal para castigar os pecadores, uma peste ou a fome com esse fim. O litígio entre os deuses é um elemento da antiga teologia mesopotâmica, que procura explicar as catástrofes que destroem tanta gente, atribuindo-as à ira irracional dos deuses, ¨ainda não suficientemente sábios para distinguir entre o bem e o mal¨.

A narrativa mostra uma tolerância e uma flexibilidade maior no politeísmo em relação ao monoteísmo que é tido como uma evolução em relação ao primeiro.

No monoteísmo o deus único é idealizado como bom, justo, sábio, perfeito. Todos os seus atos são aceitos sem discussão e quem põe em dúvida sua bondade, sabedoria, justiça ou perfeição é castigado severamente ou eliminado sumariamente. E mais, o adorador do deus único deve atacar e destruir os outros deuses, seus templos e seus fiéis. Assim fazia Akhnaton, Amenophis IV da XVIII Dinastia, criador do primeiro monoteísmo de que se tem notícia, tentando erradicar os deuses do politeísmo egípcio. Moisés o codificador do monoteísmo judeu igualmente legislou no sentido de eliminar os ídolos, os templos e os politeístas, sem piedade.

O dilúvio, no relato bíblico, é um ato de terrorismo praticado pelo deus Javé por se sentir decepcionado com o que ez, com a própria obra que resultou a seus olhos, mau e indigno de viver. Por estar decepcionado com a “maldade humana” ele, em um ato político, se propõe a destruir toda a criatura viva, homens e os demais seres vivos, indiscriminadamente. O que seria chamado hoje, de ¨queima de arquivo¨. Poupa unicamente Noé e seus familiares, oito pessoas ao todo que são escolhidos como dignos de sobreviver.

Javé, bom, justo, sábio e infalível se mostra arrogante e destrutivo não admitindo divergência alguma. O que não ocorre no relato politeísta de Gilgamesh.

O deus Enlil não foi menos despótico e truculento que Javé, mas os humanos tiveram na deusa Ea uma defensora.

DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA

Segue outro episódio bíblico relatado no mesmo Livro da Torá, Bereshit, 18 e 19 (Para os cristãos: Pentateuco, Gn, 18 e 19):

“20) E disse o Eterno: O clamor de Sodoma e Gomorra aumentou, e seu pecado se agravou muito. 21) Descerei pois e verei que, se fizeram como o clamor (da cidade) que vem a mim, darei fim neles e senão o saberei. 22) E se voltaram dali os homens, e foram à Sodoma e Abrahão ainda estava diante do Eterno¨.(Gn, 18, 20-22)

Ao sul do Mar Morto, Sodoma, Gomorra, Segor, Adama e Seboim formavam uma pentápole. Para esta região Lot e seus familiares e demais acompanhantes se encaminharam para nela habitar. Isto, após se separar de seu tio Abrahão. Estas cidades foram destruídas pelo julgamento irado de Javé diante da ”maldade e da depravação de seus habitantes”.

Novamente aqui Javé pratica um ato terrorista, um genocídio semelhante ao praticado frente aos pecados que teriam sido praticados pelos contemporâneos de Noé. Agora o castigo vem, não em forma de inundação, mas através do fogo e do enxofre. A destruição das cidades de Sodoma, Gomorra, Seboim, Segor e Adama marcaram tanto os relatos Bíblicos que até muitos séculos após, inclusive no Novo Testamento, ela é citada.

¨...assim como foi a destruição de Sodoma e de Gomorra, Admá e Tzeboim, que destruiu o Eterno na sua ira e no seu furor¨. ( Dt. 29, 22)

¨Não tivesse Yahweh dos Exércitos nos deixado alguns sobreviventes, estaríamos como Sodoma, seríamos semelhantes a Gomorra¨. (Is. 1. 9)

¨Como na destruição de Sodoma e Gomorra, e de suas cidades vizinhas, disse Yahweh, ninguém morará mais ali, homem algum habitará nela¨.( Jer. 49, 18 )

¨Como quando Deus destruiu Sodoma, Gomorra e seus visinhos – oráculo de Yahweh. ninguém mais habitará ali nem residirá nela um filho do homem¨.(Jer. 50, 40).

¨Yahweh ama o justo e o ímpio, ele odeia quem ama a violência; 6) fará chover sobre os ímpios, brasas e enxofre e um vento fortíssimo: é a parte que lhes cabe. 7) Sim, Yahweh é justo, ele ama a justiça, e os corações retos contemplarão sua face¨. ( Sl. 11, 5)

¨Eu vos derrubei como Deus derrubou Sodoma e Gomorra, fostes como um tição arrancado de um incêndio, mas não voltastes a mim! Oráculo de Yahweh¨ (Am. 4, 11)

E no Novo Testamento:

¨Em verdade vos digo que o Dia do Juízo será mais tolerável para Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade¨.(Mt. 10, 15)

¨E tu, Cafarnaum, por acaso te elevarás até o céu? Antes, até o inferno descerás. Porque se em Sodoma tivessem sido realizados os milagres que em ti se realizaram, ela teria permanecido até hoje. 24) Mas eu vos digo que o Dia do Juízo será mais suportável para a terra de Sodoma do que para vós.¨(Mt. 11. 23)

O DEFLORAMENTO DE DINÁ E A VINGANÇA TRAIDORA DE SIMEÃO E LEVI.

Gen: (Bereshit): (Vayisjiah) 34, 1-31: (em: A LEI DE MOISES E AS “HAFTAROT”):

1 – E saiu Diná, filha de Leá, que a deu á luz para Jacob, para ver as filhas da terra. 2 – E viu-a Shechem, filho de Hamor o hiveu, príncipe da terra, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a. 3 – E apegou-se sua alma a Diná, filha de Jacob, e amou a moça, e falou ao coração da moça. 4 – E falou Shechem a Hamor, seu pai, dizendo: Toma para mim esta moça por mulher. 5 – E Jacob escutou que profanou a Diná sua filha; e seus filhos estavam com seu gado no campo, e calou Jacob até sua chegada. 6 – E saiu Hamor, pai de Shechem, até Jacob para falar com ele. 7 – E os filhos de Jacob vieram do campo ao escutar; entristeceram os homens e iraram-se muito; porque fez uma vileza com Israel. Ao deitar-se com a filha de Jacob, e assim não se devia fazer. 8 – E falou com eles Hamor dizendo: Shechem, meu filho, afeiçoou sua alma por vossa filha, dai-a, rogo-vos, para ele, por mulher. 9 – E aparentai-vos conosco; vossas filhas dareis a nós, e nossas filhas tomareis para vós. 10 – E conosco habitareis, e a terra estará diante de vós ; ficai e negociai nela, e tomai posse dela. 11 – E disse Shechem ao pai dela e a seus irmãos: Acharei graça a vossos olhos, e o que me disserdes, darei. 12 – Aumentai sobre mim o dote e a dádiva, e darei quanto disserdes, e dai-me a moça por mulher. E responderam os filhos de Jacob a Shechem e a Hamor, seu pai, e disseram inteligentemente, pois havia profanado a sua irmã Diná. 14 – E falaram-lhes: Não podemos fazer esta coisa, dar nossa irmã a um homem que tenha prepúcio porque seria uma vergonha para nós. 15 – Somente assim consentiremos: se fordes como nós; que se circuncide entre vós todo o macho. 16 – E daremos as nossas filhas a vós, e vossas filhas tomaremos para nós; e habitaremos convosco, e seremos um povo. 17 – E se não nos ouvirdes para serem circuncidados, tomaremos nossa filha e nos iremos. 18 – E agradaram suas palavras aos olhos de Hamor e aos olhos de Shechem, filho de Hamor. 19 – E não tardou o mancebo a fazer isto, porque ansiava pela filha de Jacob; e ele era o mais honrado da casa de seu pai. 20 – E vieram Hamor e Shechem, seu filho, à porta de sua cidade; e falaram a todos os homens de sua cidade dizendo: 21 – Estes homens são pacíficos conosco, e estarão na terra, e negociarão nela, e a terra é generosa diante deles. As suas filhas tomaremos para nós por mulher, e nossas filhas daremos a eles. 22 – Somente com isto consentirão os homens estar conosco para sermos um povo: circuncidar entre nós todo o macho como eles são circuncidados. 23 – Seu gado, suas possessões e todos seus animais certamente serão para nós: -somente consintamo-lhes e estarão conosco. 24 – E escutaram a Hamor e a Shechem, seu filho, todos os que saiam pela porta da sua cidade; e foram circuncidados todos os machos, todos os que saiam pela porta de sua cidade. 25 – E foi no terceiro dia, quando estavam muito doloridos, dois filhos de Jacob, Simão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um de sua espada , e vieram sobre a cidade tranqüila e mataram todo macho. 26 – E a Hamor e a Shechem, seu filho, mataram a fio de espada. E tomaram a Diná da casa de Shechem, e saíram. 27 – Os filhos de Jacob vieram aos mortos, e saquearam a cidade, porque haviam profanado sua irmã. 28 – Seus rebanhos, e bois e jumentos, e o que havia na cidade e no campo, tomaram. 29 – E todo o seu haver, e todas suas crianças e suas mulheres, cativaram e saquearam, tudo o que em casa havia. 30 – E disse Jacob a Simão e a Levi: Vós me perturbastes para fazer-me abominável aos moradores da terra, com o cananeu e com periseu; e eu tenho poucos homens; e juntar-se-hão contra mim, e ferir-me-hão , e serei destruído, eu e minha casa. 31 – E disseram: Como prostituta haveriam de tratar nossa irmã?

(Diz o tradutor e comentarista do livro citado, rabino Meir Matzliah Melamed):

“Jacob, em seu leito de morte onde se costuma perdoar as faltas dos outros, não pode conter-se de amaldiçoar a ira sanguinária de seus dois filhos”

5) Simão e Levi, irmãos, instrumentos de violência são suas armas . 6) Em seu segredo não entre minha alma, nem em sua assembléia se una a minha honra; porque na sua ira mataram homens e com sua vontade quiseram desarraigar um boi. (o comentarista diz que isto se refere ao que fizeram com seu irmão José)

7) Maldito seu furor, o que é forte, a sua ira que é dura! Dividi-los-hei em Jacob, e espalha-los-hei em Israel.( Gn. 49, 5-7)

O mesmo comentarista diz que “a tradição conta que a triste e infeliz Diná passou seus anos encerrada na casa de Simão, seu irmão, não teve mais alegrias neste mundo, e morreu de tristeza no Egito.”

JAVÉ E MOISÉS DESTROEM O BEZERRO DE OURO E CASTIGAM OS SEUS ADORADORES SEPULTANDO-OS VIVOS OU PASSANDO-OS PELO FIO DA ESPADA.

Em Êxodo ( Ki Tissá) 32:

Moisés sobe no Monte Sinai para receber as ordens do deus Javé e lá se demora.

1) E viu o povo que demorava Moisés em descer do monte, e se juntou o povo a Aarão, e disse-lhe: Levanta-te e faz-nos deuses que andem diante de nós, porque a este Moisés, o homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 2) E disse-lhes Aarão: Tirai os aros de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas e trazei-os a mim. 3) E tirou todo o povo os aros de ouro de suas orelhas e os levaram a Aarão: 4) E tomou-os de suas mãos, e os trabalhou com o buril e fez bezerro fundido. E disseram: Estes são teus deuses, Israel, os que te fizeram subir a terra do Egito. 5) E viu Aarão e edificou um altar diante dele; e proclamou Aarão, e disse: Festa para o Eterno será amanhã. 6) E madrugaram no dia seguinte e ofereceram holocaustos e trouxeram sacrifícios de pazes, e sentou-se o povo para comer e beber, e levantou-se para celebrar. 7) E falou o Eterno a Moisés: Vai, desce, porque se corrompeu o teu povo, o qual fizeste subir da terra do Egito. 8) Saíram depressa do caminho que lhes ordenei, fizeram para eles um bezerro fundido, e prostraram-se diante dele, e sacrificaram-lhe e disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, os que te fizeram subir da terra do Egito. 9) E disse o Eterno a Moisés: Tenho visto a esse povo, e eis que é um povo de dura cérvix. 10) E agora deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles e os consumirei, e farei de ti um grande povo. 11) E rogou Moisés às faces do Eterno, seu Deus, e disse: Porque, Eterno, se acenderá o teu furor contra teu povo, que tiraste da terra do Egito com força grande e com mão forte? 12) porque hão de falar os Egípcios dizendo: para mal os tirou para mata-los nos montes, e para os consumir de sobre a superfície da terra? 13) Volve-te do furor de tua ira e muda o pensamento de fazer mal a teu povo. 13) Recorda a Abrahão, a Isaac, e a Israel, a quem juraste por ti, e falaste: multiplicarei vossa semente como as estrelas dos céus, e toda a terra que Eu disse, darei a vossa semente e herdarão para sempre. 14) E arrependeu-se o Eterno do mal que falou em fazer a seu povo. (...) 20) E tomou o bezerro que fizeram e o queimou no fogo e o moeu até que se desmanchou em pó, e o espalhou pela superfície, das águas, e fez beber aos filhos de Israel. 21) E disse Moisés a Aarão: Que fez esse povo para trazeres para ele um grande pecado? 22) E disse Aarão: Não cresça o furor do meu Senhor, tu conheces o povo, quão inclinado ao mal é ele. 23) E me disseram: Faze-nos deuses que irão adiante de nós, porque a este Moisés, o homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 24) E eu lhes disse: Quem tem ouro? Tiraram e mo deram; joguei-o no fogo, e saiu este bezerro. 25) E viu Moisés que a falta do povo estava descoberta, pois a descobriu Aarão para servir como infâmia entre seus inimigos. 26) E pôs-se de pé Moisés, à entrada do acampamento e disse: Quem teme ao Eterno venha comigo! E juntaram-se a ele todos os filhos de Levi. 27) E disse-lhes: Assim disse o Eterno, o Deus de Israel: Colocai cada um sua espada sobre vossa coxa, passai e tornai a passar de porta a porta do acampamento e matai cada homem a seu irmão, e cada homem a seu companheiro, e cada homem a seu próximo. 28) E fizeram os filhos de Levi conforme a palavra de Moisés, e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens. 29) E disse Moisés: Consagrai-vos hoje ao Eterno, cada um por seu filho, e por seu irmão, a fim de dar sobre vós, hoje, bênçãos¨.

O mesmo episódio, relatado no livro de Números 16, tem como conclusão, nos versículos 26 até 34, outro final não menos trágico:

¨26) E falou à congregação, dizendo: Retirai-vos logo de junto das tendas destes homens maus e não toqueis em nada do que é deles, para que não sejais castigados por todos os seus pecados.

27) E retiraram-se pois dos arredores do Tabernáculo de Coré, Datan, e Abiram: e Abiram e Datan saíram e se puseram à entrada de suas tendas com suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. 28) E disse Moisés: ¨com isso sabereis que o Eterno me enviou a fazer todos esses feitos, e que não os tenho feito por mim mesmo.¨

29) E disse Moisés: ¨Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como se visitam todos os homens, então não é o Eterno que me enviou. 30) E se criar Deus uma criação inédita e abrir a terra a sua boca e os tragar com tudo o que é deles e descerem vivos ao abismo, então sabereis que irritaram estes homens ao Eterno.¨ 31) E ao acabar de falar ele estas palavras, fendeu-se a terra debaixo deles: 32) E abriu a terra a sua boca, e tragou-os, e a suas casas, e a todos os homens de Coré, e a todos os seus bens. 33) E desceram eles, e tudo o que era deles, vivos ao abismo, e cobriu-os a terra e desapareceram do meio da congregação. 34) E todo Israel, que estava ao redor deles, fugiu por causa da voz estrondosa (do fendimento); Porque diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós. E um fogo saiu do Eterno e consumiu aos duzentos e cinqüenta homens que ofereceram o incenso¨.

Levi, terceiro filho de Jacó com sua primeira mulher Lia, tinha como seus descendentes a missão de zelar pelo Tabernáculo e a eles era confiado os deveres Sacerdotais.

Um dos filhos de Levi foi Caat, que gerou Amrão, que gerou Miriam, Aarão e Moises. Eram, portanto, Moises e Araão irmãos e bisnetos de Levi. Da casa de Levi como se costumava dizer.

Coré, Datan e Abiram, -- os que encabeçaram a revolta contra Moisés e tiveram a aquiescência de Aarão, pois foi ele que modelou o Bezerro de Ouro para ser adorado, -- também eram Levitas, como Moisés. Os primeiros foram mortos mas Araâo que era irmão de Moisés ficou impune.

O terrorismo consiste em um ato de desespero diante de uma situação que é vista como injusta e opressora e que não restaria, ao que se sente vítima, o terrorista, outra saída.

Um exemplo temos no atentado praticado por Menachen Beghin e outros terroristas, na década de 1940, contra os militares britânicos que ocupavam a Palestina, isso antes da criação do Estado de Israel, quando explodiram o Hotel Rei David em Jerusalém, onde os militares se hospedavam. Este terrorista sempre foi visto como um herói pelos judeus e seus simpatizantes tendo, inclusive, posteriormente, sido primeiro ministro do Estado de Israel e recebido o Prêmio Nobel da Paz. Mas foi um terrorista.

Atualmente os palestinos (filisteus dos tempos idos) repetem os atentados, mas agora contra os israelis.

As acusações de terrorismo são feitas, via de regra, aos inimigos. Muitas vezes os brutais atos terroristas, se praticados por nossos partidários ou por facções com as quais simpatizamos, são vistos como atos heróicos e de desprendimento. Omitimos ou esquecemos, ou até justificamos as mortes e a destruição provocadas. Os mesmos atos, quando praticados pelos opositores, são lembrados e repisados como atos brutais e injustificados.

SANSÃO DERRUBA, COM AJUDA DE YHAWEH, O TEMPLO DO DEUS DAGON, DOS FILISTEUS, MATANDO CERCA DE TRÊS MIL PESSOAS, E SUICIDANDO-SE.

Um herói judeu, um dos vários Juízes que a história bíblica nos conta, Sansão, foi juiz durante vinte anos e protagonista de dois episódios que podemos classificar como terroristas.

A época dos Juízes foi um período em que os Judeus procuravam consolidar a posse do território Palestino invadido pelos Israelitas, sob o comando de Josué, sucessor de Moisés, sob a alegação de que teriam feito “um pacto” com seu deus Javé e que este lhes doara estas terras, bem como as de outros povos (cineus, ceneseus, cedmoneus, heteus, fereseus, refaim, amorreus, cananeus, gergeseus e gebuseus), pois eles, os Judeus eram “seu povo eleito”, ¨o povo escolhido¨.

O povo Judeu sempre foi um estado teocrático dirigido pelo deus YHAWEH (Javé), tendo como um porta-voz um profeta, um Juiz ou, mais tarde, também um Rei.

Sansão é diminutivo de “Semes” que significa Sol, foi o último dos seis Juizes Maiores de Israel. Era da Tribo de Dan, proveniente de Saraa, situada a meio caminho entre o Mediterrâneo e Jerusalém (Jebus el Salem, Salem dos Jebuseus, terra dos Jebuseus). Sua missão era “livrar Israel das mãos dos Filisteus”.

Sansão era um “Nazireu” (homem consagrado a Javé desde a infância). Dotado de excepcional força física, combatia os Filisteus, praticamente sozinho. Não fazia parte dos exércitos Israelitas.

¨Matava filisteus aos milhares¨, é o que nos diz o livro de Juizes.

Na Edição em Ladino, da Bíblia de Ferrara, Livro de Juízes, Capítulo 15- 4 e 5, encontramos este relato:

¨4) Y anduuo Simson, y prendio trecientas raposas, y tomo tizones y boluio cola a cola , y puso tizon vno entre dos las colas en medio¨; 5)- Y encendio fuego en los tizones , y enbio en miesses de Pilistim, y quemo de haçe y fasta gauilla, y fasta viñy oliua¨.(Jz. 15, 4 e 5)

Em português atual o trecho acima está assim grafado:

“4 – Sansão partiu e caçou trezentas raposas, tomou tochas, amarrou as raposas cauda a cauda e pôs tochas entre cada par de caudas.

5 – E depois pôs fogo ás tochas e soltou os animais pelos campos de trigo dos filisteus (palestinos) e incendiou o trigo e também as vinhas e as oliveiras”. (Juízes. 15, 4 e 5).

O Ladino é um Português arcaico falado pelo povo hebreu, Sefaradi, que habitava a Península Ibérica e que, durante a Inquisição foi dispersado pela Europa ocidental, norte da África, Turquia e Américas.

O Ladino está para o judeu Ibérico como o Idish para o judeu do centro e leste da Europa, os asquenazes.

O judeu quando convertido ao Catolicismo era depreciativamente chamado ¨marrano¨ que significa porco, imundo. Se não se convertia, quando não podia fugir, era assassinado pelos pretensos catequistas, nas fogueiras do Santo Ofício. A espoliação de seus bens, inclusive dando parte ao denunciante, era o corolário.

Em um segundo episódio, após Sansão ser preso e cegado pelos inimigos palestinos:

“23) Quando os príncipes dos filisteus (palestinos) se reuniram para oferecer um solene sacrifício a seu deus Dagon, e para fazer uma festa alegre, disseram: ‘o nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo‘.

24) Também o povo o viu e louvou a seu deus, exclamando: ‘O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, devastador do país que matou muitos dos nossos’.

25) E como ficassem alegres gritaram: “Chamai a Sansão para que nos divirta”. Trouxeram Sansão do cárcere para que os divertisse. Depois o colocaram entre as colunas.

26) Disse então Sansão ao menino que lhe segurava a mão: ‘ Deixa-me apalpar as colunas nas quais se assenta o templo, para que me apoie nelas “.

27) Ora, o templo estava repleto de homens e mulheres; estavam ali, também, todos os príncipes dos filisteus e sobre o terraço havia uns três mil homens e mulheres que estavam observando como Sansão os divertia.

28) Sansão invocou a Javé, dizendo: ‘Javé, meu Senhor, peço-te que te lembres de mim e me fortaleça ainda esta vez para que me vingue dos filisteus, por meus olhos, com um único golpe’.

29) Depois, Sansão abraçou as duas colunas centrais que sustentavam o templo, e apoiou-se nelas; com a mão direita numa e a esquerda na outra,

30) e exclamou: ‘morra eu com os filisteus!’. Depois se endureceu com força e o templo desabou sobre os príncipes e sobre todo o povo que nele se encontrava. E os que matou na sua morte foram mais numerosos do que os que matou em vida “. (Juízes, Cap. 16, 23-30)

Esse ato terrorista lembra, pela derrubada e destruição das duas colunas, pela destruição e pela morte de, aproximadamente, três mil pessoas, acompanhadas do suicídio do terrorista, o episódio terrorista de 11 de setembro de 2001 em que foram vítimas os habitantes de New York.

Tanto Sansão, como os outros terroristas, os do Grupo Al Qaeda procuraram ferir o que eles viam como o representante do centro do poder e do orgulho do inimigo. O Templo de Dagan para os Filisteus e as Torres Gêmeas do World Trade Center para o povo Norte Americano, como também o edifício do Pentágono. E pouco importou para eles, a morte.

JEÚ, DÉCIMO REI DE ISRAEL (842-815 aC).

Jeú foi o fundador da quinta dinastia, filho de Josafá, era general de Acab e Jorão. Fez-se proclamar Rei pelo exército e foi ungido a mando do profeta Eliseu. A seguir em Jesrael, assassinou o Rei de Israel Jorão (ou Joram) e o Rei de Judá, Ocozias, filhos de Acab.

Eliseu, o profeta, chamou um dos filhos dos profetas e lhe disse: ¨Cinge os teus rins, toma este vaso de óleo e vai a Ramot-Galaad. 2) Quando lá chegares, procura Jeú, filho de Josafá, filho de Namsi, tira-o de dentre os seus irmãos e leva-o a um aposento retirado. 3) Tomarás então o vaso de óleo e, derrama-o sobre sua cabeça, dirás: Ungi-te Rei de Israel¨. Feito isto, abre a porta e foge sem demora¨. (2 Reis. 9. 1-3)

Ao se darem conta dos movimentos de Jeú:

21) Disse então Joram: ¨Atrela depressa o meu carro!¨ Joram, Rei de Israel, e Ocozias Rei de Judá, cada um no seu carro, foram ter com Jeú, e se encontraram no campo de Nabot, de Jezrel. 22) Vendo Jeú, Joram disse: ¨Vai tudo bem, Jeú? ¨ Este respondeu: ¨Como irá tudo bem se perduram as prostituições de Jezebel, tua mãe, e suas inúmeras magias? ¨ 23) Joram voltou o carro e fugiu, exclamando para Ocozias: ¨Traição, Ocozias! ¨. 24) Jeú, porem, tendo seu arco na mão, atingiu Joram entre as espáduas: a flexa atravessou o coração do Rei, que tombou dentro do carro. (...) 27) Vendo isto, Ocozias, Rei de Judá, fugiu rumo a Bet-Gun. Jeú, perseguindo-o gritou: ¨Matai-o também! . Atingiram-no, dentro de seu carro, na subida de Gaver, perto de Jibleam; mas foi anida até Magedo, onde morreu. (...) 32) Ele – Jeú – levantou a cabeça para a janela e disse: ¨Quem está comigo? Quem? ¨ E dois ou três eunucos se inclinaram para ele, 33) e ele ordenou: ¨Lançai-a abaixo!¨ E eles a – Jezabel – precipitaram janela abaixo, e seu sangue salpicou a parede e os cavalos que a pisaram¨. (2 Reis. 9, 1-33)

O relato Bíblico descreve o Golpe de Estado desfechado por Jeú, com a cumplicidade do (clero) profetas Elias e Eliseu, contra a Casa de Acab, sua mulher, Jezabel seus filhos, Joram e Ocozias.

Jezabel era filha de Etbaal, de Tiro, Cananea, adoradora de Baal. Ela propagava o culto a Baal e Acab tolerava esse culto. Até edificaram um Templo a Baal na Samaria.

Jeú intimou, por carta, os preceptores dos filhos de Acab para que aderissem a ele:

¨ 6) Mandou-lhes então Jeú uma segunda carta nestes termos: ´Se estais do meu lado e quereis ouvir-me, tomai as cabeças dos filhos de vosso senhor e trazei-as amanhã a esta hora a Jezreel!´. Havia setenta filhos do Rei em casa dos nobres da cidade onde eram educados. 7) Logo que a carta chegou, pegaram os filhos do Rei, mataram todos os setenta, puseram as cabeças dentro de cestos, e enviaram a Jeú, em Jesreel. (...)17) Chegando a Samaria, Jeú eliminou todos que ainda restavam da casa de Acab, em Samaria, exterminando-os por completo, conforme a palavra de Yahweh dirigida a Elias. (...) 19) E agora convocai todos os profetas de Baal, todos seus ministros do culto e todos os seus sacerdotes; que ninguém falte porque oferecerei um grande sacrifício a Baal. Quem faltar, não viverá! ¨. Jeú agia com astúcia para liquidar todos os ministros de Baal. Jeu disse: 20) Santificai-vos em vista de uma assembléia solene em honra de Baal¨. Assim fizeram. (...) 25) Quando se ofereceram os holocaustos, Jeú ordenou aos guardas e seus oficiais: ¨Entrai e matai-os! Que ninguém escape!¨ Os oficiais e guardas entraram e os passaram a fio de espada, e os exterminaram. Penetrando no santuário do templo de Baal. 26) Tiraram as colunas sagradas do templo de Baal e queimaram-nas; 27) derrubaram a coluna de Baal; demoliram o templo de Baal e ali fizeram latrinas, que existem até hoje, 28) Jeú eliminou Baal de Israel. 29) Mas Jeú não se desviou dos pecados de Jeroboão, filho de Nabat, e aos quais arrastara Israel; manteve os bezerros de ouro em Betel e Dan. 30) Disse Yahweh a Jeú: ¨Porque fizeste o que era agradável aos meus olhos, executando a minha vontade contra a casa de Acab, os teus filhos ocuparão o trono de Israel até a quarta geração¨.(...) 36) Jeú reinou sobre Israel, em Samaria, vinte e oito anos¨ (2 Reis. 10, 6-36)

Os adeptos de Baal (judeus e não judeus) foram destruídos pelos judeus com a mesma fúria insana com que foram eliminados pelos cristãos os infiéis nas Cruzadas e na Inquisição e como foram massacrados os judeus, entre outros, pelos nazistas.

Aí está uma conseqüência do fundamentalismo religioso ou político, do sectarismo, não importa qual seja seu credo ou grupo humano. Este sectarismo tem como alicerce as pulsões agressivas amalgamadas com um narcisismo exacerbado.

MASSACRE DOS INOCENTES DE BELÉM POR HERODES MAGNO, REI DOS JUDEUS.

Em Mateus é relatada a história a Herodes, pelos três Reis Magos, que estavam indo a Belém para homenagear Jesus que acabara de nascer e que seria, segundo as profecias, o futuro rei dos judeus. Os Reis Magos desconfiaram de Herodes e não voltaram para lhe dar notícia da visita como haviam prometido. Herodes, sentindo-se ameaçado, pois ele era o Rei dos Judeus, desconfiado e sem escrúpulos – é o que nos conta a história – manda matar todo os meninos de dois anos para baixo, na cidade de Belém.

¨Então Herodes percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém e no seu território, todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo de que havia se certificado com os magos¨. Mt 2, 16)

BIBLIOGRAFIA

A Lei De Moises E As “Haftarot”. – Tradução, Explicações e Comentários Pelo Rabino Méier Matzliah Melamed. Florida, 1980, 3a. ed.

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro Instituto Antônio Houaiss. Ed. Objetiva , 2001.

Bíblia de Ferrara ( The Ladino Bible of Ferrara) Culver City–, Green Valley Circle # 213, , CA 90230. USA –1992. Edição Crítica: Moshe Lazar Labyrinthos, 6355

“Bíblia de Jerusalem” – Bíblia de Jerusalém. São Paulo, Paulinas, 1981.

Bouzon, Emanuel - O Código de Hammurabi. Introdução, tradução (do original cuneiforme) e comentários.Ed. Vozes. RJ. 1976.

Bouzon, Emanuel - Ensaios Babilônicos: Sociedade, Economia e Cultura na Babilônia Pré-Cristã. EDIPUCRS. Porto Alegre/RS. 1998.

–Schiavo, José – Dicionário de Personagens Bíblicos, Antigo e Novo Testamento.. Rio de Janeiro - RJ. Brasil. Ed. De Ouro, 1965.

Wiesenthal, Simon. Em entrevista ao semanário israelense de idioma francês “Realidades de Israel e do Oriente Médio” e reproduzida parcialmente pelo jornal Zero Hora de Porto Alegre,RS-Brasil, na Edição de 2 de janeiro de 1961, página 3.

Sérgio Paulo Annes
(*) Psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.
sergio@annes.com.br


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