SIMPÓSIO DO CELG PARA INFÂNCIA E ADOLECÊNCIA

19 de Agosto de 2006 (das 16:30 às 17:45) no Salão de Eventos São Rafael

MESA REDONDA: “A RELIGIÃO JUDÁICA E CRISTÃ NO CURSO DA HISTÓRIA OCIDENTAL DA INFÂNCIA E ADOLECÊNCIA”

Apresentador: Sérgio Paulo Annes

Comentaristas: Voltaire Schilling

Comentarista: Donaldo Schüller

Coordenadora: Flávia Costa

Ao iniciarmos esta exposição devo deixar bem claro que considero o tema difícil de abordar dada a reação despertada. Ela se deve ao que tão bem expressou numa frase o escritor irlandês Jonathan Swift: “É inútil tentar dissuadir racionalmente um homem de algo que ele não concluiu pela razão”. Na minha opinião o termo “inútil” poderia ser substituído por “dificílimo”. Na verdade não pretendo convencer ninguém, mas o tema, dado a carga emotiva que mobiliza, desperta no ouvinte, via de regra provindo de uma criação religiosa, uma reação de oposição. O leitor ou ouvinte, teme ser levado a encarar sua religião como objeto especulativo. Isto, para o crente, que aprendeu a ter fé, sem se permitir a ter dúvidas, já o assusta. Teme estar incorrendo em falta grave para com sua religião. 

A nossa exposição se atem, em especial, ao judaísmo e seus derivados mais importantes, cristianismo e islamismo, porque são elas as religiões que predominam em nosso mundo ocidental. As outras são de pouca influência por terem chegado a nós recentemente ou terem, relativamente, poucos fiéis.

A religião nos é imposta ao nascermos, pelos nossos pais, através do batismo e da obrigatoriedade em freqüentar os templos e a praticar seus rituais. No judaísmo o batismo é cruento. Ele veio substituir o sacrifício das primícias que consistia, entre outros procedimentos, na execução do filho primogênito. Já no cristianismo, como em seus derivados protestantes ele é feito com água, sem derramamento de sangue, como procedia o profeta João Batista. Paulo chamava o batismo com água, a “circuncisão  no coração”. A orientação religiosa que nos é imposta desde os primeiros dias de vida, via de regra, permanece por toda a vida.

ORIGEM DA RELIGIÃO
Para Freud, ("Totem e Tabu"- 1912) a origem da religião parte de reflexões teóricas de autores que o antecederam. O primeiro foi Charles Darwin de quem tomou "a hipótese de que o homem primitivo vivia originalmente em pequenas hordas, cada uma dominada ferreamente por um macho mais velho que se assenhorava de todas as fêmeas e castigava ou matava a todos os machos jovens que tentassem disputa-las com ele, inclusive seus próprio filhos".

Seu segundo inspirador foi Atkinson "que afirmava que este sistema patriarcal teve como seu fim uma rebelião dos filhos, aliados contra o pai dominador e truculento o qual mataram  devorando seu corpo em um festim de triunfo".

Inspirou-se, também, em Robertson Smith “que admitia que a horda paterna foi substituída por um  clã fraterno totêmico. Para poderem viver unidos e em paz, os irmãos vitoriosos renunciaram às mulheres, as mesmas pelas quais haviam matado o pai, aceitando a exogamia. O poder do pai foi destruído e a família organizada em um sistema matriarcal. A atitude ambivalente frente ao pai destruído foi mantida durante toda a evolução ulterior. Em lugar do pai escolheu-se um animal como totem que foi aceito como antecessor coletivo e como gênio tutelar. Ninguém podia atacá-lo ou matá-lo. Mas, uma vez por ano, toda a coletividade masculina se reunia em um banquete em que o totem, até então reverenciado, era morto, despedaçado e comido pela comunidade. A ninguém era permitido abster-se desse banquete, que representava a repetição solene do parricídio, origem da ordem social, das leis morais e da religião".

E diz mais Freud (em "Moisés e a Religião Monoteista"– 1934-8): "muitos autores, antes de mim chamaram a atenção para a correspondência entre o banquete totêmico de Robertson Smith e a comunhão cristã". E acrescentava: "Ainda hoje sigo mantendo esta construção teórica".

Poderíamos acrescentar, como exemplo, e confirmando  o que observou Freud, o que ocorre na religião afro-brasileira. No candomblé, em um de seus atos litúrgicos, os orixás, seus deuses-santos, incorporam nos fiéis e em animais, como aves e mamíferos de pequeno porte que passam a representa-los. Estes animais são sangrados e seu sangue é bebido no ato, isto é, seu deus é introjetado e com seus corpos são preparados manjares que serão ingeridos, novamente introjetados, pelos crentes em ambiente festivo.

Outros fatores contribuem para que a religião tenha origem:
--- O homem, dada sua extrema dependência e a sua fragilidade ao nascer e nos primeiros anos de vida, tem em seus pais, em especial na mãe, ou quem desempenhe esse papel, a segurança para sobreviver. Os perigos reais e imaginários o ameaçam constantemente. A natureza ora amorosa que  lhe proporciona água, alimento, calor, segurança, como uma boa mãe, ora o ameaça e ataca com enchentes, secas, vulcões, abalos sísmicos e também com as doenças.

Internamente o “bicho homem” é um joguete de seus impulsos amorosos (libidinosos) e agressivos (tanáticos, de morte). Muito desses impulsos, são projetados bem como muito de sua onipotência infantil. Os impulsos amorosos são, por assim dizer, preservados, já que são colocados numa figura poderosa celestial que virá em seu socorro quando evocada: um deus do bem. Os impulsos agressivos, na figura de um diabo, é colocado fora, nos outros, ou como medida de segurança, nas profundezas do inferno. E assim passa o crente, a vida inteira, a implorar benesses do ou dos deuses, diretamente ou através de seus prepostos tais como profetas ou cléricos de toda a ordem e a fugir das ameaças do demônio, também, com ou sem a ajuda dos mesmos profetas ou sacerdotes.

O homem nega a morte, pelo medo que lhe desperta,  pelo desconhecimento do que lhe poderá vir a ocorrer após, também, porque  seu narcicísmo não lhe permite aceitar ser  incluído no rol dos outros seres vivos, animais. Então a pessoa   se diz “espiritualista”  não aceitando a morte como a última etapa do processo vital. O medo é, portanto um outro fator que ajuda na origem da religião e na sua manutenção.

A “imortalidade”, poderíamos dizer, nos é concedida na medida que somos lembrados pelo que dissemos ou fizemos. Quando ninguém mais lembrar de nós, e tudo que nos liga ou ligou à vida , aí de fato, estaremos definitivamente mortos.

Alguns se socorrem da  religião, na negação da morte, pela promessa de uma outra vida, agora sem perigos e sofrimentos, numa situação de estabilidade e segurança ou numa reencarnação em outro corpo. As religiões que prometem a comunicação com os que já morreram, proporcionam ao crente um atrativo a mais.

--- A ignorância a cerca de sua origem. Este não saber, dá origem à necessidade de uma explicação. Então surgem os mitos, que todas as culturas têm, para explicar a origem do homem e o que virá após a morte. O modelo é o humano e infantil vivido nos primeiros anos: “ um pai e ou uma mãe, agora celestiais o criaram e estão a velar por ele”. Dão-lhe prêmios ou castigos como os seus pais o fizeram, inclusive após a morte, com um paraíso  ou suas gradações até um inferno.

Ocorre que os que desejam ser os filhos prediletos,   e se dizendo os mais amados pelo pai ou pelos pais celestiais, conseguem, a mais das vezes, mobilizar contra si os demais, como ocorre com o “queridinho da mamãe” no meio familiar.

As religiões prometem explicações e segurança para a desvalida criança que habita em cada um de nós. Vêm elas, ao encontro de  uma necessidade emocional e não são, a não ser excepcionalmente, influenciáveis pela razão.

--- Segundo a opinião de  Freud (em “Moises e a Religião Monoteísta”):
“nenhum outro povo da antiguidade, fez tanto como o egípcio para negar a existência da morte; nenhum adotou tão minuciosas precauções para assegurar a existência de um alem da vida.”

A primeira religião monoteísta de que se tem notícia, foi a implantada por Amenóphis IV, faraó egípcio, da XVIII dinastia. Na politeísta religião egípcia, entre muitos outros, figurava um principal que era Amon-Ra, outro  era Aton. Amenóphis passou a impor Aton como  único deus,  representado pela  figura do sol, excluindo do culto oficial Amon-Ra e os demais. Segundo Breasted em “Story of Egypt” página 360, em citação de Freud, “o deus é claramente distinto do sol material, evidenciando que o que o faraó queria deificar era a força pela qual o sol se faz sentir na terra”.

Mudou, Amenóphis, seu próprio nome para Akhenaton,  se considerando o próprio deus Aton. Ato contínuo,  a ordem era destruir os templos, as imagens dos outros deuses, em especial Amon-Ra e matar seus sacerdotes e seus seguidores.

O monoteísmo de Akhenaton, após a sua morte, sofreu uma cruenta repressão, movida pelos sacerdotes de Amon-Ra que então atacaram os partidários de Akhenaton, revidando o ataque que haviam sofrido anteriormente.

Não é necessário, diante das evidências,  frisar que os monoteístas se  mostram implacáveis   frente aos politeístas, e aos outros monoteísmos. Os politeístas demonstram  uma tolerância bem maior para com os  outros deuses, em geral.

MITO BÍBLICO (Gen. 12 a 25):
Abrão, mais tarde Abrahão, patriarca da segunda religião monoteísta, historicamente falando, veio de Ur, na Caldeia, hoje Iraque, com seu clã, composto por seu pai Taré que era fabricante de ídolos, sua mulher Sarai, que era sua meio-irmã, por ser, também, filha de Taré, seus irmãos, Nacor e Arã com seu filho Ló, seus rebanhos escravos e servos. Após um tempo em Padã-Harã, ao noroeste da Mesopotâmia, partiram para o sul, para a terra de Canaã.

Em suas andanças pelo fértil crescente teve sua cobiça aguçada manifestando seu desejo de possuir,  para si e para os seus, aquelas férteis terras que eram habitadas pelos cananeus, cineseus, cineus, cedmoneus, heteus, fereseus, refaim, amorreus, gergegeus e gebuseus (Gen. 15, 18-20). Estes povos eram politeístas e seus deuses, entre outros, Ba´al e  Moloc, exigiam sacrifícios, inclusive humanos, para protege-los, e conceder-lhes colheitas abundantes. As primícias, (Ex. 13-1) o que era colhido nos primeiros dias, o primeiro animal que nascesse no rebanho, inclusive o filho primogênito eram oferecidos aos deuses em sacrifício. Após serem sangrados eram queimados num altar.

Então Abrão constrói um deus,   El Shaddai (Iahweh) com o qual “faz um pacto” que consiste basicamente na promessa de uma fidelidade exclusiva, abolindo todo e qualquer outro deus e em troca receberia deste deus a doação das terras acima citadas e que já tinham ocupantes. (Gen. 15- 18, 19 e 20 e Gen. 17- 1 a 14 ). Estabeleceu, também, o deus Javé, que o “selo dessa aliança consistiria na circuncisão de “todo o macho, de tua casa, ao completar oito dias, de geração em geração”.

Teve  Abrahão aos oitenta e seis anos um filho com (Gen. 16, 16) Agar a escrava egípcia de sua mulher, a quem chamou Ismael e com Cetura, sua outra mulher, (Gen. 25, 1 a 4) outros seis: Zanrã, Jecsã, Madã, Madiã, Jesboc e Sue. (Gen. 25- 5 a 6) “ E deu Abrahão tudo o que possuía a Isaac (Yitzchac). Aos filhos das concubinas, deu Abrahão dádivas, e mandou-os, ainda em vida, de junto de Isaac, seu filho, ao Oriente, à terra de  Kedem”. Isaac  foi concebido por intercessão de Javé quando ela tinha noventa  e Abrahão cem anos de idade (Gen. 18 – 13 e 14) .

Com a adoção deste deus o costume antigo de sacrificar o primogênito e todas as primícias, foi substituído dentro do clã por um sacrifício bem menor, ainda  de sangue, a circuncisão. Um progresso, sem dúvida.

Mas como todo o monoteísmo a violência aparece contra todos os que não fazem parte de seu grupo religioso. O monoteísmo judeu voltou-se contra os politeístas  que deveriam destruídos. Jeú, rei de Israel, (ver: Tanak, 2 Rs.10, 15-27) ordena a destruição dos sacerdotes dedicados a Baal e do poste sagrado, a derrubada da estela de Ba´al,  seus ídolos e que  ainda seus templos fossem demolidos e em seu lugar fossem feitas  latrinas.

Na época de Yoshua ben Yoseph, Jesus Cristo, o rabino judeu que deu origem ao cristianismo, seus seguidores eram apedrejados até a morte por seus irmãos judeus. Este rabino queria substituir a atitude intolerante de seu povo, o povo judeu, “pelo perdão e pelo amor”, inclusive para com os inimigos.

Para que se entenda melhor a situação dos judeus na época do nascimento do cristianismo, vejamos a situação política da Palestina que fazia, como pais ocupado, parte do Império Romano. Os judeus formavam um estado teocrático, e os partidos políticos que o dominavam eram os Fariseus, e os Saduceus que se revesavam na direção religiosa,  os Essênios, austeros, místicos, mais ligados no estudo e na preservação dos textos  sagrados e na contemplação e os Zelotes que eram os revolucionários mais interessados em libertar seu povo, atacando os romanos em atentados, com armas. Hoje seriam chamados de terroristas.

Jesus poderia ser enquadrado entre os Essênios criticando os chefes religiosos e por eles sendo tido como um subversivo a ser destruído, como de fato o foi.

Cristãos, passaram a ser chamados os seguidores desse rabino. O cristianismo passou a ser religião de estado, no Império Romano sob Teodósio no ano 380 desta era que passou a ser chamada Era Cristã por eles e Era Comum pelos judeus. Mais tarde os cristãos monoteístas, agora religião de estado e, portanto, de posse do poder, se voltaram contra os politeístas, contra os próprios judeus de onde provieram e adiante, contra os Islâmicos, outra religião com suas raízes fundamentadas no judaísmo. O Islamismo foi criado por Maomé que viveu na Arábia de 570 a 632. Os islâmicos têm em alta conta, como profetas, Adão, Noé, Moises, Jesus e Maomé.

Tivemos então as Cruzadas que tinham como alvo o Islamismo e a “Santa” Inquisição. “Santa Inquisição”, assim era chamada por seus adeptos, dirigida em especial aos que divergiam dos cristãos.

Assim, em rápidas linhas, temos uma idéia de como vem se portando os religiosos frente a seus semelhantes quando são contrariados. A intolerância e a agressividade destrutiva é desencadeada, muitas vezes  sob o pretexto da “salvação das almas”.

Ao lado das lutas e ataques às outras religiões e aos incréus as religiões têm um aspecto positivo ao criarem códigos de comportamento tentando estimular o que há de bom no homem e a fugir do mal. Auxiliam no processo civilizador criando obrigações e proibições que pretendem coibir  impulsos homicidas e  incestuosos, por exemplo, na tentativa de proporcionar uma vida em sociedade mais tolerável.

Na religião mosaica, base das duas maiores religiões do mundo atual, a cristã e a maometana, nota-se através dos mandamentos, este cuidado. Neles, o que não é proibido é obrigatório. Ordena ela, ao crente  cultuar um só deus, guardando seu dia e a banir tudo o que é mau. Proíbe adorar outros deuses que não o considerado “o único  verdadeiro”, que para os judeus é Javé, para os maometanos, Alá e para os cristãos Jeová ou simplesmente “deus”. Proíbe nomea-lo, afim de não banaliza-lo. Ordena honrar pai e mãe, com vistas à restrição do incesto. Proíbe fazer imagens e adora-las, levantar falso testemunho, matar, roubar, cobiçar o que pertence a outrem e a cometer adultério.

Na medida que evoluímos, que progredimos no desvendar os mistérios do mundo, teoricamente, deveriam as crenças se atenuar. Freud (em "O Futuro de uma Ilusão".)  compara a religião a uma neurose infantil que será superada como a criança supera sua neurose. "A humanidade conseguirá superar essa fase neurótica", afirma ele.

Peço permissão para divergir do prognóstico otimista do mestre, não esquecendo que ele era visto como um pessimista.

Já sabemos que a terra não é plana, nem o centro do universo,  sabemos que somos produto de uma evolução dos seres vivos e mesmo sabendo que não somos tão donos de nós mesmos pois há um psiquismo inconsciente que nos maneja bem mais do que o nosso "livre arbítrio" gostaria. Ocorre que somos levados à religião pelas nossas necessidades emocionais infantis que permanecem em nosso interior, e que se mostram muito pouco ou nada acessíveis à razão.

Devido a ignorância frente aos mistérios de onde viemos, o que ocorrerá conosco nesta vida e a morte a nos aterrorizar, somos levados ao encontro da religião que nos promete respostas tranqüilizadoras. Isto se deve a que todo o ser humano, que facilmente e desde os primeiros anos, se adapta aos progressos científicos e tecnológicos, parte, emocionalmente e invariavelmente, de um ponto zero, ao nascer. Nosso amadurecimento emocional avança muito lentamente, isto quando avança, deixando ilhotas não resolvidas no decorrer da vida, a nos influenciar.  Continuamos com essa "criança desvalida interna" que todos temos desde o nascimento.

As religiões são produto humano, tanto é assim, que os deuses podem ser usados para o bem, como para o mal. Em nome do mesmo deus ou dos mesmos deuses são abençoados exércitos que partem para a mutua destruição e para a morte. Tudo dependendo do homem que evoca o nome de seu ou de seus deuses na ocasião.

As religiões podem até tentar, mas dificilmente conseguem o que se propõe: o amor e a paz entre os homens. O mais comum é  acirrar a competitividade e a hostilidade entre elas.

Posso parecer pessimista, mas me classificaria mais como realista. Basta olharmos ao nosso redor para vermos os estupendos progressos tecnológicos e científicos ao lado do maior primitivismo.

Ainda vemos na África tribos mutilando e escravizando outras e negociando-as como escravos como faziam há séculos quando vendiam para outras tribos seus irmãos, ou para os brancos, tidos como civilizados, que os levavam para outros continentes, também como escravos. Vemos, em nome de um deus um ataque cruento e destrutivo e o revide igualmente feroz e bárbaro em nome de outro deus, como nas Cruzadas e na Inquisição.

O progresso tecnológico utilizado e direcionado à destruição deixa a capacidade agressiva do passado, restrita às flechas, lanças, porras, espadas e cimitarras, parecer brinquedos de crianças.

O  que poderia ser investido em alimentar os necessitados, proporcionar-lhes saúde e educação é aplicado em aviões de dois milhões de dólares,  mísseis de um milhão de dólares e a possibilidade de utilizarmos gazes, bactérias, vírus ou mesmo bombas atômicas, torna a guerra mais facilmente deflagravel e a civilização e a humanidade  a beira da destruição.

Matava-se a varejo e hoje mata-se por atacado, e com uma eficiência nunca vista. E  sem perspectiva de que isto venha a mudar num futuro próximo... ou remoto.